O dia 18 de maio é lembrado no Brasil como a luta antimanicomial. Nessa data, entidades que lutam pela saúde mental, usuários do sistema e especialistas se unem para mostrar ao país a necessidade de um tratamento mais humanizado. Em Chã Grande, a data é lembrada com movimentos pela cidade. Este ano, a programação foi além. A proposta será trabalhar a conscientização durante todo o mês com todos que atuam na saúde mental no município.
A abertura da programação ocorreu na manhã da quarta-feira (17). No Centro de Atenção Psicossocial Antonio Batista Carneiro (CAPS-ABC), uma roda de conversa marcou a abertura da programação. Durante o encontro, sob a coordenação do psicólogo José Adelmo, que dirige a instituição, houve espaço para que os usuários também apresentassem suas experiências.
Criado em 2007, sendo um dos primeiros em toda a região, o CAPS-ABC se destaca pelo seu trabalho na luta por uma saúde mental humanizada. Atualmente, a instituição está atendendo a mais de 100 pessoas, sem contar também as que estão em processo de triagem, que se enquadram dentro de situações envolvendo bebidas alcoólicas, o uso de drogas ilícitas, como o crack, e transtornos mentais.
Além do CAPS-ABC, o município de Chã Grande conta também com duas residências terapêuticas, criadas como forma de substituir o sistema de manicômios no Brasil. As duas unidades recebem pessoas que saem dessas unidades de internação, ofertando a elas o convívio social, perdido ao longo do período de isolamento.